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OS PATROCINADORES
Diziam
que colocar publicidade nas camisas dos clubes
violentaria os sentimentos dos torcedores
e faltaria com o respeito às tradições
históricas do futebol. Mas essas restrições
caíram por terra em função
das dificuldades financeiras.
O primeiro clube a ter um patrocinador com
símbolo inserido no uniforme dos jogadores,
foi o Bangu. No final da década de
40 e no começo da de 50, a fábrica
de tecidos que funcionava no bairro, resolveu
assumir o Bangu e isso deu ensejo a que a
agremiação banguense formasse
alguns grandes times, disputando títulos
e figurando entre os grandes clubes cariocas.
Lembro-me daquele time que tinha o goleiro
Oswaldo Topete, o zagueiro argentino Rafanelli,
os atacantes Bianchini, Parada e Nivio alem
do maravilhoso Zizinho no meio de campo.
Recordo de outras grandes equipes do pobre
clube que foi fundado em 1904 e que tanto
tempo levou sendo apontado como pequeno. Mesmo
tendo sido o primeiro campeão profissional
do Rio (1933), o Bangu não se ombreava
com os chamados grandes. Botaram na camisa
branca do Bangu, o losango que identificava
a fábrica e esta foi a primeira presença
publicitária no uniforme de um clube
de futebol, acredito que tenha sido a primeira
vez que isso aconteceu no mundo.
Depois, como eu disse, os problemas financeiros
abriram espaço para que as camisetas
dos clubes passassem a funcionar como pequenos
painéis publicitários, Veio
o Flamengo com a Petrobras. Houve até
um amigo que queria entrar com uma ação
popular contra a estatal, alegando que ele,
torcedor do Fluminense, usuário dos
postos da Petrobras, não era obrigado
a contribuir para o Flamengo.
Mas a mensagem está inserida no chamado
manto sagrado rubro-negro. Penso que a publicidade
nas camisas dos clubes é uma saída
para resolver muitos problemas. Vejam como
o Celso Barros, apaixonado pelo seu Fluminense,
tem sido abnegado ao patrocinar o tricolor,
ato que deveria ser seguido por outros donos
de empresas, para amenizar as dificuldades
do nosso depauperado futebol.
O exemplo de Celso Barros é tanto mais
sublime quando se sabe que a empresa dele
não tem vantagens com o fisco por ajudar
um clube esportivo. Nem mesmo a nova lei de
incentivo ao esporte, que desconta as contribuições
do imposto de renda, se aplica aos patrocinadores
dos clubes profissionais, pois se restringe
apenas aos esportes olímpicos.
Que muitos Celsos Barros apareçam para
melhorar o nível do futebol brasileiro!
Texto:
Luiz Mendes.
Fonte: Coluna Histórias Da Bola, publicada
no Jornal dos Sports, em 21/01/2007.
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Estatísticas |
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Jogos |
4.116 |
Vitórias |
1.713 |
Empates |
980 |
Derrotas |
1.423 |
Gols Pró |
7.267 |
Gols Contra |
6.306 |
Saldo de Gols |
961 |
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Artilheiros |
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Ladislau |
229 |
Moacir Bueno |
202 |
Nívio |
152 |
Menezes |
138 |
Zizinho |
124 |
Luís Carlos |
119 |
Paulo Borges |
109 |
Décio Esteves |
97 |
Arturzinho |
93 |
Marinho |
83 |
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