14/06/1987
- BOTAFOGO 1 x 3 BANGU
FICHA
TÉCNICA |
Competição: |
Campeonato
Carioca |
Local: |
Maracanã |
Renda: |
Cz$
765.880,00 |
Público: |
10.252
pagantes |
Árbitro: |
João
José Loureiro,
auxiliado por Geraldo
Melo e Luís Augusto Pinto |
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Jorge
Lourenço; Josimar, Marinho, Wilson
Gotardo e Marco Aurélio; Derval,
Fernando Macaé e Berg; Maurício,
Toni e Helinho. Técnico: Jair
Pereira |
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Gilmar;
Jacimar, Márcio Rossini, Oliveira
e Racinha; Mauro Galvão, Tobi
e Arturzinho; Marinho, Paulinho Criciúma
e Ado. Técnico: Pinheiro |
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Bangu
1 x 0: Marinho, a 1min do 1º tempo
Bangu 2 x 0: Arturzinho, aos 5min do
1º tempo
Bangu 3 x 0: Arturzinho, aos
23min do 1º tempo
Bangu 3 x 1: Berg, aos
33min do 1º tempo |
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Bangu
envolve o Bota e fatura a Taça Rio: 3 a 1
Fonte:
Jornal dos Sports
Em apenas cinco minutos o Bangu marcou dois gols.
Aos 23, o terceiro, aos 30, quase o quarto, quando
Gotardo cabeceou, apavorado, contra o próprio
gol, rente à trave. E foi aí que a torcida
começou a gritar que o Bangu era o campeão
da Taça Rio, na vitória fácil
sobre o Botafogo (de 19 anos sem título).
O Bangu é o grande campeão da Taça
Rio e com todas as condições de ganhar
o título estadual. Motivos tem até demais:
o seu time está crescendo exatamente na fase
decisiva. E tem como técnico um dos poucos
competentes do futebol brasileiro, embora muitos não
reconheçam. Pinheiro, que quase levou o América
ao título da Copa Brasil, arrumou o time na
Taça Rio, e recolocando Arturzinho, hoje um
dos melhores jogadores do Bangu. Somando-se a dupla
ao resto do time, Gilmar, Mauro Galvão, Marinho,
Ado, Criciúma e Rossini, não há
o que temer no terceiro turno e na finalíssima.
Pena, muita pena mesmo que o Maracanã estivesse
vazio e o Bangu tivesse que dar a volta olímpica
apenas com o calor de sua diminuta torcida, concentrada
à esquerda das tribunas. Era uma decisão
e não se pode culpar apenas a pequena torcida
banguense, mas ao momento atual do futebol, de corrupção,
antijogo e de violência dentro e fora do campo.
Para se ter uma idéia, houve um torcedor baleado
e um sargento PM atingido por uma grade de aparelho
de ar condicionado jogada do alto. Outro torcedor
caiu de cabeça, com poucas possibilidades de
sobrevivência e o fotógrafo do JS, Uramar
de Assis, quase foi atingido por uma tábua,
também jogada do alto. Três torcedores
empunhando bandeiras do Bangu iam apanhar de botafoguenses,
quase provocando um conflito. A polícia chegou
depois. Tudo isso aconteceu no Maracanã vazio.
No campo, o Bangu massacrou no início, diminuiu
o ritmo e, no segundo tempo, mesmo acomodado, criou
quatro chances para golear. A 1 minuto, Criciúma
caiu pela direita, cruzou, Marinho e Gotardo se confundiram.
Mais esperto, o ponta tocou para o fundo da rede.
Aos 5, Marinho rolou para o meio, Arturzinho dominou,
penetrou e marcou. Lourenço nem se mexeu. Aos
23, tabela sensacional entre Artur e Criciúma,
pelo meio mais uma vez, e Artur tocou na saída
do goleiro. Aos 34, Berg bateu uma falta e diminuiu.
Impotente, o Botafogo não conseguiu sequer
preocupar o campeão da Taça Rio. Maurício
andou trocando de posição com Helinho
e Mazolinha entrou tarde - 24 do final -, de nada
adiantou. Botafogo, muito mal, Bangu, grande campeão.
Washington Rodrigues: Campeão em 5 minutos
Fonte:
Jornal dos Sports
O Bangu deu um passeio no Botafogo e conquistou com
todos os méritos a Taça Rio, garantindo
sua presença na final do campeonato. Como ficou
também entre os quatro melhores dos dois turnos,
por pontos, ganhou a vaga no terceiro turno, ficando
numa excelente posição. Se levar a melhor
na quadrangular, disputará o título
com o Vasco em vantagem.
A verdade é que o Bangu sobrou na turma e a
diferença básica do jogo foi o espírito
do time do Bangu, que entrou para disputar o título,
enquanto o Botafogo não tinha nenhuma pretensão,
a não ser levar o bicho. O Bangu começou
o jogo mordendo e o time do Botafogo nem havia terminado
o "nome do padre" quando tomou o primeiro
gol. Depois, tomou o segundo e em cinco minutos o
Bangu decidiu a partida.
Foi campeão em um tempo, deixando o Botafogo
com os quatro pneus arriados. A zaga do Botafogo cometeu
falhas terríveis e o Marinho foi responsável
pelos dois primeiros gols da partida. Ninguém
marca no meio-campo do Botafogo. Só o Derval
tem características de marcação.
O Berg, o Toni, o Macaé e o Maurício
e o Helinho, cinco jogadores, não são
de combate.
No segundo tempo, o jogo ficou muito ruim, porque
o Bangu preferiu adotar uma tática cautelosa.
Ficou no seu campo, esperando o Botafogo, que não
saiu.
Então, a bola ficou parada no meio-campo e
não houve mais interesse na partida. E o Bangu
segurou o resultado até o final, conquistando
merecidamente a Taça Rio. Parabéns para
o Bangu, que acreditou no campeonato, enquanto os
outros saíram para excursões. O Botafogo
ontem não merecia nem marcar o seu gol, embora
tenha sido um lance bonito, na cobrança de
falta do Berg. Foi o único chute do time alvinegro
ao gol do Gilmar. No Bangu, três jogadores mataram
a pau na vitória de 3 a 1: o Mauro Galvão,
o Paulinho Criciúma e o Arturzinho. No Botafogo,
só o Maurício esteve bem. Os outros
10 não jogaram nada e o Bangu não tem
culpa da incompetência do adversário.
Agora, o Flamengo e o Fluminense disputarão
alguns "amistosos" no complemento do segundo
turno e, em seguida, a dupla Fla-Flu, o Vasco e Bangu,
vão disputar o terceiro turno.
Nelson Rodrigues, filho
Fonte:
Jornal dos Sports
E o Bangu chegou lá. Estava vindo das Laranjeiras
onde assisti Torres fazer os dois gols da vitória
do Fluminense sobre o Mesquita.
Bela exibição de futebol do Torres.
Fomos Mário Presidente, eu e o Biba, meu sobrinho
para a galera do Bangu que estava em festa.
Passamos antes no bar para pegarmos umas cervejas
e um bangüense de camisa e tudo foi logo dizendo
que eu poderia cortar a barba, enfim. Desfiz o equívoco
me confessando tricolor, e seguimos para o lado da
bandinha que, mais do que nunca atacava firme.
Dos dez mil que estiveram no Maracanã, nove
mil eram bangüenses. A média de idade
da torcida era bem alta e víamos famílias
inteiras desde avós até crianças
de colo.
Começou o jogo e ao primeiro minuto numa jogada
pela direita Paulinho Criciúma cruzou e Marinho
se aproveitou de uma confusão dos zagueiros
e meteu o primeiro.
Em seguida, duas jogadas idênticas deixava a
defesa botafoguense aturdida.
Marinho, sempre muito aberto, recebia e Arturzinho
vinha de trás em alta velocidade para receber
o cruzamento. Na primeira, Marinho errou o passe,
e a segunda bola chegou para Arturzinho que matou
ajeitando para frente e da linha da área fuzilou.
O Botafogo, mal-armado, era inteiramente dominado
no meio de campo e o Bangu abria o jogo pelas pontas
para Arturzinho, Paulinho Criciúma e Mauro
Galvão aparecerem sem marcação
pelo meio.
Todo bicão para frente em direção
ao Marinho era um corre-corre na defesa do Botafogo,
onde ninguém se entendia.
O jogo estava fácil e veio o terceiro numa
boa jogada de Arturzinho com Paulinho Criciúma
que lhe devolveu bela tabela a bola para que o artilheiro
do jogo chutasse para a defesa parcial de Jorge Lourenço.
E a bola sobrou caprichosamente para o mesmo Arturzinho
que colocou.
O Botafogo estava ameaçado de sofrer uma impiedosa
goleada, mas Berg, cobrando uma falta, diminuiu.
No segundo tempo o Bangu administrou a vitória
e o jogo ficou chato. Ainda assim, o Bangu por duas
vezes, quase ampliou.
Merecida a vitória e merecido o título
de um time que não abdica de jogar pelas duas
pontas.
Ado diz que está com a alma lavada
Fonte:
Jornal dos Sports
Um jogador tinha um motivo todo especial para comemorar
o título da Taça Rio, ontem. Era o ponta-esquerda
Ado. Ele ainda lembrava do pênalti desperdiçado
na decisão de 85, com o Coritiba, que deu o
título brasileiro ao time paranaense. Ainda
no campo, sem camisa, e com a faixa de campeão,
Ado disse que estava de alma lavada:
- Quando entrei em campo hoje (ontem), lembrei logo
daquela decisão de 85. Aquele pênalti
não saía da minha cabeça. Por
isso, quando nós marcamos o terceiro gol e
senti que o título estava ganho, fiquei emocionado.
E redobrei as minhas forças, passando a correr
mais ainda. Eu não queria deixar a vitória
escapar. Agora estou de alma lavada.
Outro jogador muito cumprimentado era o atacante Paulinho
Criciúma. Ontem, ele não marcou nenhum
gol, mas participou das jogadas dos gols mais importantes
para o time: o primeiro, de Marinho, que abriu caminho
da vitória, e o terceiro, que praticamente
definiu a conquista do título. Chorando muito
após o jogo, Paulinho disse que não
perdeu nenhuma decisão que participou até
agora:
- Essa foi a quinta decisão da minha carreira
e o quinto título que conquisto. Acho até
que foi o mais importante. Por isso, estou muito emocionado.
O técnico Pinheiro dedicou o título
aos dirigentes do Bangu, ao supervisor-técnico
Neco, aos jogadores e a sua esposa, Solange. O treinador
marcou a reapresentação dos jogadores
para amanhã, quando decidirá se os jogadores
terão alguns dias de folga. Segundo Rui Esteves
das Dores, presidente do Bangu, o prêmio pela
conquista do título será decidido por
Castor e Carlinhos Maracanã. O bicho pela vitória
de ontem foi de Cz$20mil.
Apesar de terem negado durante toda a semana que houvesse
uma festa marcada, os dirigentes do Bangu surpreenderam
todos ontem. Além de uma festa na sede do clube,
já haviam mandado fazer as faixas de campeão
da Taça Rio, que foi entregue aos jogadores
após a partida.
Atuações
Fonte:
Jornal dos Sports
BOTAFOGO:
JORGE LOURENÇO - Sem qualquer culpa nos gols
do Bangu. Ainda evitou pelo menos quatro gols, demonstrando
estar em boa fase e ter reflexos apurados. Nota 7.
JOSIMAR - Teve muito trabalho com Ado. Foi constantemente
ao ataque, em auxílio de Maurício. No
entanto, o time estava muito mal. Nota 6.
MARINHO não esteve em tarde feliz. Foi diversas
vezes envolvido pelo toque de bola rápido dos
atacantes do Bangu. Mesmo assim, tentou superar o
mau dia do Botafogo, indo auxiliar o ataque. Nota
6.
WILSON GOTARDO - Batalhador, nunca acredita em bola
perdida. Procura sempre jogar com muita garra. Ontem,
porém, não demonstrou a categoria costumeira.
Nota 6.
MARCO AURÉLIO - Definitivamente, não
esteve bem. Deu muito espaço a Marinho, que
criou muitas jogadas para o Bangu por aquele setor.
Nota 5. Foi substituído por VÁGNER,
que, apesar de voltar ao time depois de três
meses sem participar de qualquer partida, esteve melhor.
Marcou Marinho mais de perto e conseguiu melhores
resultados. Nota 6.
DERVAL - A luta e a disposição costumeiras.
Na base da garra, tentou conter o toque de bola do
Bangu. Ma o dia não era do Botafogo. Nota 6.
FERNANDO MACAÉ - Tentou superar o fato de jogar
com as duas coxas com proteção. Mas
não esteve tão bem como habitualmente.
Nota 6. Foi substituído por MAZOLINHA que não
teve tempo para aparecer. Sem nota.
BERG - O melhor do time na tarde de ontem, no Maracanã.
Fez um belo gol, em cobrança de falta. Nota
7.
MAURÍCIO - Dispersivo. Bem aquém de
suas reais capacidades de excelente ponta. Nota 6.
TÔNI e HELINHO - Demonstraram apenas luta e
disposição. Nota 6.
BANGU:
GILMAR - Uma atuação tranqüila.
Consciente, procurou sempre orientar os zagueiros
e não teve qualquer culpa no gol do Botafogo,
conseguido em bela cobrança de falta. Nota
8.
JACIMAR - Decidido no ataque, tabelou constantemente
com Marinho, dando muitas opções ao
ponta-direita. Na defesa, esteve seguro na marcação,
ora a Helinho ora a Maurício. Nota 8.
MÁRCIO ROSSINI - O dono de sua área.
Joga sério sem dar espaços. Nota 8.
OLIVEIRA - Por baixo, é quase imbatível.
Raramente perde no combate direto. Por cima, esteve
muito bem. Nota 9.
RACINHA - Bem na marcação e no apoio.
Sem o mesmo brilho de Jacimar, porém. Nota
7.
MAURO GALVÃO - Esbanjou categoria. Bloqueou
com eficiência e talento a entrada de sua área,
raramente apelando para faltas. Nota 9.
TÓBI - Muita movimentação e luta
constante. Nota 7.
PAULINHO CRICIÚMA - Movimentação
constante, que confundiu a marcação
da defesa do Botafogo. Habilidoso e rápido,
fez bela troca de passes com Arturzinho, que resultou
no terceiro gol do Bangu. Nota 10.
ARTURZINHO - Atuação irretocável.
Brilhante. Dois belos gols e muita habilidade. Nota
10.
MARINHO - Esteve nos seus melhores dias. Driblou,
tabelou, chutou muito a gol e marcou o primeiro gol
do jogo, logo ao primeiro minuto, demonstrando categoria
e oportunismo. É ponta especialista e de grande
visão de jogo. Geralmente faz boas jogadas.
Nota 10.
ADO - Deslocamento por todo campo e muita disposição,
fizeram dele, novamente, um jogador importantíssimo
para o esquema do técnico Pinheiro. Deu muito
trabalho a Josimar. Nota 8.
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Bangu
bota banca de campeão
Fonte:
Jornal O Dia
Foi um começo
de jogo fulminante o do Bangu ontem no Maracanã
contra o Botafogo. Em 5 minutos já ganhava
por 2 a 0, gols de Marinho e Arturzinho, ambos em
falhas clamorosas da defesa. Como que temendo acontecer
o que já havia ocorrido em outras decisões,
quando entrou vacilante, o Bangu ontem era um time
determinado, ofensivo e brigador. Com 2 gols praticados
de saída, não recuou, como antes sempre
fizera, e continuou partindo para cima. Resultado,
o Botafogo, assustado com a pressão, não
agüentou e numa belíssima tabela de Arturzinho
com Paulinho Criciúma saiu o terceiro gol.
O Botafogo ainda fez 1 gol, de falta, com Berg, mas
não tinha forças para reagir. O Bangu
a partir daí só segurou o resultado.
Pinheiro agradece
Fonte:
Jornal O Dia
O técnico
Pinheiro foi, sem dúvida, a pessoa mais homenageada
no vestiário do Bangu. Contente pela conquista
da Taça Rio, Pinheiro, entre abraços
e tapinhas nas costas, declarou que o América,
seu ex-clube, teve uma influência decisiva para
que ele pudesse levar o Bangu à conquista do
segundo turno. Ao contrário do que se pensava,
Pinheiro não guarda ressentimento por ter sido
dispensado pelo vice-presidente de futebol do América,
Antônio Tavares.
- Mágoa, ressentimento do América não
tenho de forma alguma. Ao contrário, a experiência
que adquiri levando o América ao terceiro lugar
na Copa Brasil foi fundamental para desenvolver o
trabalho que venho fazendo no Bangu. Parabenizo a
diretoria do América e não poderia guardar
mágoa de um clube tão querido.
O Bangu ficou em sexto lugar na Taça Guanabara,
fazendo uma péssima campanha com o técnico
Jorge Ferreira. Ontem, o mesmo time conquistou com
justiça a Taça Rio, sem perder nenhum
dos 13 jogos; e Pinheiro, que assumiu o cargo no início
do segundo turno, explicou o segredo do sucesso.
- O segredo é trabalho. Cheguei no clube, expus
meu método de trabalho aos jogadores. Eles
toparam e o resultado é este que todo mundo
viu, a bela campanha que o time fez nesta Taça
Rio.
Depois de dedicar o título à sua esposa,
Dona Sônia, Pinheiro disse que "o Bangu
não precisa de reforços". Ele já
determinou que os reforços do Bangu serão
os jogadores juniores que são promovidos já
a partir da Copa Brasil. Os juniores dependem apenas
do empate contra o Cabofriense para também
ganharem o segundo turno. Pinheiro elogiou o grupo.
- Reforços para quê! Temos ótimos
jogadores, no juniores, que vão subir, e tenho
certeza, manterão o padrão da equipe.
Pinheiro não esqueceu de agradecer ao Patrono
do Clube, Castor de Andrade, pela confiança
depositada no seu trabalho:
- O seu Castor é uma pessoa maravilhosa. E
se hoje (ontem) o meu trabalho no Bangu teve êxito,
tenho muito que agradecer a ele.
Apesar da comemorações, Pinheiro determinou
que, a partir de amanhã, o trabalho recomeça
em Moça Bonita, quando o time já inicia
os preparativos para a disputa do terceiro turno.
Castor chora e invade campo já de faixa
Fonte:
Jornal O Dia
Foi um título
ansiosamente esperado. Afinal, desde 1966, o Bangu
não ganhava sequer um turno no Campeonato Estadual.
Por isso, a conquista da Taça Rio foi tão
comemorada ontem no Maracanã, após a
fácil vitória sobre o Botafogo. Emocionado
e chorando muito, Castor de Andrade invadiu o gramado
assim que o juiz encerrou a partida já vestido
com a faixa de campeão da Taça Rio.
Castor recebeu o troféu de vencedor do segundo
turno das mãos de Mauro Galvão e mostrou-o
orgulhoso à torcida. Depois, a caminhada para
o vestiário o encontro para o agradecimento
a Pinheiro:
- Este título é teu. Faz justiça
ao trabalho de um profissional correto e que mereceu
como poucos a conquista da Taça Rio.
Pinheiro recebeu o cumprimento do dirigente também
não conseguindo controlar a emoção,
repetindo a todo momento que valera a pena o sacrifício
dos jogadores e comissão técnica para
tornar possível a conquista da Taça
Rio. Mais felizes ainda estavam os jogadores. Liderados
por Gilmar, e acompanhados de dirigentes e torcedores,
os jogadores iniciaram a tradicional volta olímpica,
recebendo no vestiário a notícia que
serão bem recompensados pelo título
do segundo turno: cada um ganhará cerca de
Cz$160mil, prêmio que será confirmado
hoje por Castor de Andrade.
Mas durou pouco a comemoração no vestiário.
Dirigentes e jogadores estavam com pressa para retornar
a Bangu e festejar com os torcedores. Tudo regado
com 500 litros de chope e ao som da bandinha da Banluta,
na sede do clube, onde um bom número de torcedores
já se encontrava no decorrer da partida. Realizado
com o trabalho desenvolvido, o supervisor Neco chegou
a solicitar ao presidente Rui Esteves sua volta às
divisões inferiores, alegando cansaço.
Marinho vibra: - até que enfim ganhei uma!
Fonte:
Jornal O Dia
- até que enfim ganhei uma!
Este foi o desabafo do ponta-direito Marinho, logo
após a vitória de ontem sobre o Botafogo
por 3 a 1, que deu ao Bangu o título da Taça
Rio. Suado e com a faixa de campeão no peito,
Marinho foi atacado pelos torcedores em busca de uma
recordação do seu ídolo. Resultado:
Marinho acabou ficando apenas de sunga em pleno gramado
do Maracanã. Chuteira, meião, calção
e camisa, ele nem sabia onde tinham ido parar.
- Já era tempo de eu conseguir um título
pelo Bangu e tinha que ser desta vez.
Depois do abraço emocionado do presidente de
honra, Castor de Andrade, que beijou o jogador, Marinho
anunciou que hoje vai dar um churrasco em sua casa
para comemorar o título. Esperto como sempre,
Marinho não vacilou e tratou de arrumar o dinheiro
da carne com o supervisor Neco, que lhe deu Cz$20mil.
Apesar da euforia, Marinho, dificilmente, permanecerá
no Bangu após o término do Campeonato,
mesmo que o clube conquiste o título. Ele está
há 5 anos no clube, tem 30 anos, e acha que
é mesmo hora de mudar. No entanto, disse que
não recebeu nenhuma proposta.
- O Bangu é a minha própria casa. Mas
tenho que pensar profissionalmente no sentido de dar
estabilidade financeira à minha família.
Mas, no momento, o que mais quero é dar este
título estadual ao Bangu. Depois, vou aguardar
para ver se surge alguma proposta de outro clube.
Arturzinho foge da volta olímpica e reza no
vestiário
Fonte:
Jornal O Dia
- Enquanto meus companheiros
davam a volta olímpica no gramado, corri para
o vestiário. Vim rezar, agradecer a Deus, porque
ele sempre me ajudou. Na hora difícil pedimos
ajuda a Deus, na hora da alegria precisamos lembrar
dele. - disse Arturzinho, explicando a sua atitude
em não seguir o ritual dos companheiros após
o término do jogo.
Arturzinho viveu um drama no Bangu. Passou 5 meses
sem jogar e praticamente sem treinar. Quando Pinheiro
assumiu o comando técnico, uma das suas primeiras
decisões foi pedir a volta do excelente jogador.
Arturzinho tem correspondido a confiança do
seu treinador.
Arturzinho foi um dos jogadores mais solicitados no
vestiário. Ele não escondeu sua alegria,
mas a experiência o deixou comedido nos festejos.
Falou dos dois gols marcados ontem.
- Sempre fui um profissional dedicado, independente
de ganhar ou não. Estive 5 meses parado, voltei
e fiz o gol contra o Flamengo, o da vitória.
Contra o Cabofriense, outro da vitória e agora
os dois que valeram o título da Taça
Rio:
- Arturzinho analisou o trabalho do treinador Pinheiro:
- É um homem que dá a confiança
e a tranqüilidade que o jogador precisa. Temos
liberdade de trocar idéias com ele. Não
quero festejar muito essa taça porque pretendo
mais. Quero provar a mim mesmo que tenho capacidade.
Se for campeão estadual, posso me considerar
inteiramente realizado.
Título dá nova motivação
a Gilmar para próxima seleção
Fonte:
Jornal O Dia
Ninguém
mais do que o goleiro Gilmar queria ser campeão
da Taça Rio. A conquista do título,
segundo ele, foi fundamental para aumentar suas possibilidades
de ser convocado para a seleção brasileira:
- Este título foi muito importante no atual
momento da minha carreira, porque, embora estivesse
cotado para a seleção, não fui
convocado. Espero que a conquista da Taça Rio
faça com que o treinador da Seleção
lembre do meu nome na próxima convocação.
Até a Copa de 90, na Itália, muita coisa
vai acontecer e tenho fé que estarei lá.
Casado há apenas 1 ano, Gilmar estava satisfeito
ao dar as entrevistas, mas não escondia sua
ansiedade em deixar logo o vestiário para comemorar
o título ao lado de Cecília, sua esposa.
Gilmar, no entanto, não esqueceu de elogiar
o trabalho desenvolvido pelo técnico Pinheiro.
- O Jorge Ferreira também era um bom técnico,
mas a vinda do Pinheiro deu mais motivação
ao grupo e o resultado foi a brilhante campanha do
Bangu nesta Taça Rio.
Artilheiro Paulinho Criciúma elogia o esquema
do treinador
Fonte:
Jornal O Dia
Paulinho Criciúma
foi dos maiores responsáveis pela conquista
da Taça Rio. Artilheiro do Bangu ao
lado do Marinho, ambos com 10 gols, o atacante
disse que reencontrou seu melhor futebol graças
ao esquema traçado pelo técnico
Pinheiro.
- Ele nos deu mais maturidade, implantando
uma filosofia de trabalho séria. Dá
liberdade para os jogadores desenvolverem
seu potencial, explorando sua maior característica,
dentro de um clima excelente. Agradeço
muito a ele por isso.
Solteiro, Paulinho Criciúma procurava,
ansioso, pelos seus familiares, que ficaram
de ir ao Maracanã assistir ao jogo:
seus pais, Paulino e Teresa, além de
seus 5 irmãos, quatro rapazes e uma
moça. Enquanto os procurava, Paulinho
Criciúma falou do futuro do Bangu:
- Agora, é só mantermos este
nível de atuações. Se
fizermos isso, será muito difícil
vencer o Bangu.
Mauro
Galvão recebe de Castor um abraço
carinhoso
Fonte:
Jornal O Dia
Embora
esteja acostumado a ganhar títulos,
Mauro Galvão se emocionou com a conquista
da Taça Rio e vibrou como se fosse
seu primeiro título. Ainda molhado
de suor, ele recebeu um abraço carinhoso
de Castor de Andrade que, visivelmente emocionado,
lhe agradeceu:
Obrigado Mauro, muito obrigado mesmo por sua
dedicação e seu amor ao Bangu.
Você e seus companheiros estão
de parabéns.
- Fizemos apenas a nossa obrigação,
doutor...
Para o zagueiro gaúcho, é fácil
ser capitão do time do Bangu e explica
o porquê.
- O grupo é excelente e unido, não
causando nenhum tipo de problema para o clube.
Além disso, a equipe é vencedora
e saberá buscar o título estadual.
Mauro Galvão destacou o fato de ter
vindo para o Rio e se adaptado rapidamente
ao clube.
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Bangu
campeão da Taça Rio em cinco minutos:
3 a 1 no Botafogo
Fonte:
Jornal O Globo - Repórter: Mário
Jorge Guimarães
O Bangu é
o campeão da Taça Rio. Com um sistema
de jogo eficiente e traiçoeiro, o Bangu venceu
o Botafogo por 3 a 1, ontem à tarde, no Maracanã,
e conquistou o título sem qualquer dificuldade.
Logo aos cinco minutos, o time dirigido por Pinheiro
já vencia por 2 a 0, com gols de Marinho e
Arturzinho, num início fulminante que desorientou
completamente o adversário. E, totalmente dominado
e atordoado, o Botafogo aos 23 minutos perdia por
3 a 0, mostrando total incapacidade de reação.
Só conseguiu diminuir o marcador através
de uma bela cobrança de falta feita por Berg,
aos 33 minutos ainda na primeira etapa.
O esquema tático armado por Pinheiro, que iludiu
o adversário foi simples: Mauro Galvão
e Tóbi se encarregaram de cobrir a zaga, dando
a proteção aos avanços dos laterais
e aos zagueiros, enquanto Paulinho Criciúma
e Arturzinho tinham absoluta liberdade para armar,
com eficácia e velocidade, os ataques do Bangu.
O Botafogo, envolvido e impotente, somente conseguiu
respirar mais aliviado no segundo tempo, quando o
jogo já estava decidido.
Jair Pereira ainda tentou alterar o panorama do jogo,
colocando Maurício na ponta-esquerda e Helinho
na direita, mas sua tentativa foi inútil, já
que os dois não renderam o que era esperado.
E o segundo tempo, diante da impotência do Botafogo,
tornou-se monótono. O Bangu se limitou a tocar
a bola e a fazer com que o tempo passasse, até
certo ponto mostrando desinteresse.
No segundo gol do Bangu, feito por Arturzinho, um
torcedor ao comemorar deixou cair um revólver,
que disparou e feriu sem gravidade um vendedor de
refrigerante na panturrilha.
Bangu dá ao Botafogo aula para ser campeão:
3 a 1
Fonte:
Jornal O Globo - Repórter: Mário
Jorge Guimarães
A vitória do Bangu sobre o Botafogo por 3 a
1, que valeu a conquista da Taça Rio, pode
ter uma simples definição: foi uma verdadeira
aula de futebol, baseadas em jogadas rápidas,
envolventes, precisas e sobretudo criativas. O Bangu
conseguiu fazer 2 a 0 em apenas cinco minutos e aos
vinte e três liquidou o jogo, sem tomar conhecimento
do adversário, fazendo o terceiro gol.
O sucesso dessa aula se deve ao esquema armado por
Pinheiro. O Bangu fixou Mauro Galvão e Tobi
à frente dos zagueiros, atraiu o Botafogo e
partiu em contra-ataques fulminantes, através
de Arturzinho e Paulinho Criciúma, explorando
sempre a velocidade de Marinho. Resultado: com um
minuto, Marinho fez 1 a 0, após falha de Marinho.
Aos cinco foi a vez de Arturzinho fazer o segundo,
praticamente definindo a partida.
Mandando em campo, o time do Bangu não abandonou
sua tática. Continuou envolvendo o Botafogo
e poderia até ter imposto uma goleada. Chances
não faltaram. Tanto assim que aos 23 minutos,
numa jogada que teve a participação
de Galvão e Criciúma, Arturzinho marcou
o terceiro com incrível facilidade. O gol único
do Botafogo foi de falta: Berg, aos 33, em cobrança
perfeita. A bola entrou no ângulo direito de
Gilmar.
No segundo tempo, o Bangu, com o jogo ganho e a vaga
garantida nas finais, manteve o esquema e apenas diminuiu
o ritmo, diante da total incapacidade do Botafogo.
Mesmo assim desperdiçou várias oportunidades,
o que não impediu sua torcida de fazer a festa
nas arquibancadas. Uma festa muito justa para um título
inédito no clube: o de Campeão da Taça
Rio.
"Rei Artur" reza por mais um título
Fonte:
Jornal O Globo - Repórter: Mário
Jorge Guimarães
Quando o time do Bangu festejava a conquista do título,
erguendo a Taça Rio e dando a volta olímpica,
um jogador correu para o vestiário. Justamente
Arturzinho, o craque do jogo. Camisa molhada de suor,
faixa de campeão grudada ao peito, ele rezou
sozinho e chorou. O desabafo veio em seguida, com
muita emoção:
- Provei a mim mesmo que sou um grande homem.
Arturzinho, ou o Rei Artur para a torcida do Bangu,
tinha motivos para tanta emoção. Depois
de ficar cinco meses marginalizado no clube, voltou
ao time por exigência de Pinheiro e seus gols
foram decisivos para a conquista do título.
Mas nem por isso ele parecia satisfeito. Insistia
em dizer que a festa de ontem era para a torcida,
para os dirigentes. A dele só vai acontecer
após as finais, quando o Bangu for campeão
estadual.
- A conquista da Taça Rio serviu apenas para
lavar a minha alma. Enfrentei adversidades, passei
por momentos delicados e consegui superar tudo. Nesse
momento quero apenas agradecer a Pinheiro, que acreditou
em mim. Ele não apenas pediu minha reintegração.
Ele a exigiu.
Cercado por torcedores, abraçado por dirigentes,
Arturzinho continuou seu desabafo. Afirmou ser a Taça
Rio o seu oitavo título, o que pode significar
o fim de uma fama que o persegue: a de ser um jogador
que "treme" em partidas decisivas.
- Não quero dizer que sou estrela, mas apenas
um jogador acostumado a decidir. Se o Bangu perdeu
decisões no passado, não posso ser responsabilizado
de forma isolada. Sorte também é essencial
no futebol. Só espero que ela não me
abandone nas finais do campeonato.
Cláudio Mello e Souza: Bangu foi campeão
em cinco minutos
Fonte:
Jornal O Globo
Faltavam seis minutos para terminar a partida quando
foi aberta, na arquibancada do Maracanã, uma
faixa com os seguintes dizeres: "Rio explode
de emoção, Bangu é campeão".
não creio que tenha havido tal explosão.
Muito pouca gente interessou-se pela partida de ontem,
a começar pelas torcidas dos dois times, representadas
por um número bem reduzido de pessoas. Essa
faixa foi feita com um compreensível exagero
e guardada com injustificada prudência. Afinal
de contas, a vitória do Bangu sobre o Botafogo
estava conquistada já aos cinco minutos do
primeiro tempo, com o fulminante gol de Marinho e
com o belo gol de Arturzinho.
O Bangu mostrou logo estar preparado para abrir um
sistema defensivo bem mais compacto e firme. Marinho,
Arturzinho e Criciúma deslocavam-se com rapidez
e inteligência, sem manter posições
fixas. Se estavam bem preparados para o pior, ficaram
bem à vontade diante do melhor: o Botafogo
abria convidativos espaços entre os homens
de meio de campo e da defesa; seus zagueiros confundiam-se,
tropeçavam na bola e tropeçavam uns
nos outros. Era evidente que aqueles dois gols marcados
em tão pouco tempo tinham desarticulado o que
pudesse existir ainda de ordem tática e de
equilíbrio emocional.
A partir dos 20 minutos do primeiro tempo, no entanto,
bem que o Botafogo tentou com mais insistência
organizar alguns ataques. Viu-se, porém, diante
de duas realidades bem incômodas: a incompetência
de todos os seus jogadores e a firmeza da marcação
feita pelo Bangu. O Botafogo tentou ainda mais. O
técnico Jair Pereira determinou que Maurício
fosse jogar pela esquerda e Helinho, pela direita.
Por momentos, poucos, esse pequeno expediente deu
algum resultado. O Bangu chegou a se confundir para,
logo em seguida, se tranqüilizar. Maurício
passou a fazer, pela esquerda, o mesmo que fizera,
pela direita, isto é, nada. Helinho, solidário
com o companheiro, tratou de imitá-lo, caprichando
nos erros mais primários.
Ardilosamente, o time do Bangu fez com que o Botafogo
se iludisse com a possibilidade de atacar. Os espaços
abertos entre o meio de campo e a defesa do Botafogo
abriram-se ainda mais. Através deles, Arturzinho
e Criciúma deram um rápido e belo show
de criatividade e de domínio de bola, bem à
frente dos zagueiros adversários, que já
nem mais sabiam onde estava a bola. E quando uma defesa
não sabe onde está a bola, invariavelmente
ela está dentro do gol. Estava. Três
a zero. O jogo poderia ter acabado aí, no terceiro
gol do Bangu,segundo de Arturzinho. pelo regulamento,
porém, tivemos de suportar um tedioso segundo
tempo, não sem antes vermos o único
momento elogiável do Botafogo: o gol marcado
por Berg, de falta.
O Bangu teve, entre a solidez de sua defesa e a agilidade
de seu ataque, um ponto de perfeito equilíbrio:
Mauro Galvão fez uma partida brilhante, mostrando
como se pode dar proteção aos zagueiros,
consistência ao meio de campo e liberdade de
ação para o ataque. Ele foi, ontem,
o dono e o nome do jogo.
No segundo tempo, o Bangu limitou-se a fazer com que
o tempo e a bola corressem, preguiçosamente,
para garantir o resultado. Justiça se faça
ao Botafogo: ele deu uma notável contribuição
para que o resultado se mantivesse intocado.
Pinheiro dedica título à sua mulher
Fonte:
Jornal O Globo - Repórter: Mário
Jorge Guimarães
Lágrimas, abraços e a promessa de conquistar
o Campeonato Estadual. Esses eram os ingredientes
do vestiário do bangu após a vitória
de 3 a 1 sobre o Botafogo, que deu o título
da Taça Rio à equipe de Moça
Bonita. Mas se havia excesso de alegria por parte
dos jogadores e dirigentes, o técnico Pinheiro
preferiu humildemente dedicar o título à
sua mulher, Sônia:
- Ela sempre esteve ao meu lado. Por isso que faço
questão de lembrar o nome dela. Gostaria também
de agradecer a duas pessoas: Castor de Andrade e Carlinhos
Maracanã. Eles confiaram sempre em mim. Agora
é só dar seqüência ao trabalho,
pois nada ainda está ganho. A meta principal
é ser campeão estadual.
Sobre o jogo, Pinheiro admitiu que os dois gols marcados
com menos de cinco minutos, contribuíram para
"quebrar" o esquema tático do time
adversário:
- Os gols de Marinho e Arturzinho, logo no início,
facilitaram tudo. No segundo tempo, apenas tocamos
a bola, esperando o apito final do juiz. Não
havia motivo de partir para cima do Botafogo.
Atuações
Fonte:
Jornal O Globo
BOTAFOGO:
O Botafogo foi
um time apático, completamente desestruturado
e que jamais impôs alguma dificuldade
ao Bangu. Um time sem destaques. De bom mesmo
apenas a categoria de Berg na cobrança
de falta que resultou no gol.
BANGU:
GILMAR - O ataque
do Botafogo não lhe deu trabalho. Mas
ficou ficou sem ação na falta
cobrada por Berg. Nota 7.
JACIMAR - Jogou com seriedade, sem comprometer.
Nota 8.
MARCIO - muito eficiente. Usou o vigor físico,
sem enfeitar as jogadas. Nota 8.
OLIVEIRA - Também jogou para o time
e se destacou, principalmente, no combate
direto aos adversários. Nota 8,5.
RACINHA - Dominou o setor, mas tentou enfeitar
algumas jogadas. Numa delas resultou a falta
que Berg bateu com perfeição.
Nota 7.
MAURO GALVÃO - Funcionou perfeitamente
no esquema, dando cobertura à defesa
e iniciando os contra-ataques. Um dos melhores
do time. Nota 9.
TOBI - Outro que colaborou com o esquema do
time. Nota 8,5
ARTURZINHO - Comandou o time, com talento
e determinação. Seus dribles
e toques rápidos foram fundamentais
para a vitória. Fez dois bonitos gols.
Nota 9,5.
MARINHO - Rápido, insinuante e sempre
perigoso. Deu muito trabalho a defesa do Botafogo
porque além de jogar pela ponta também
caiu pelo meio. Nota 9.
PAULINHO CRICIÚMA - Sua colocação
em campo foi perfeita, participando sempre
das ações ofensivas. Decisivo
nas jogadas que resultaram nos gols. Nota
9.
ADO - Cumpriu as ordens do técnico,
compondo o meio-campo. Nota 8.
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Os
gols:
BANGU 1 a 0, Marinho dribla Jorge Lourenço,
escapa da cobertura de Josimar, no início
fulminante do Bangu, e marca o primeiro gol
BANGU 2 a 0, Aos 5 minutos, em jogada
rápida e surpreendente, Arturzinho
faz o segundo gol, com um chute forte no ângulo,
assegurando o título
BANGU 3 a 0, Arturzinho, após
se livrar do goleiro Jorge Lourenço
e do zagueiro Wilson Gotardo, faz o terceiro
gol do Bangu
Botafogo 1 a 3,
o gol único do Botafogo foi de falta:
Berg, aos 33, em cobrança no ângulo
direito de Gilmar
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Leia a crônica de Carlos Molinari sobre este jogo.