Bangu, campeão de 33, primeiro ano do profissionalismo
Fonte: Jornal dos Sports - Arquivo JS, 17/12/2001

O Bangu foi o campeão carioca de 1933, ano crucial para os destinos do futebol do então Distrito Federal. Há tempos os clubes já não se preocupavam em esconder que pagavam luvas e salários a seus principais jogadores e, em reunião no dia 23 de janeiro de 33,os dirigentes foram unânimes e optaram, de uma vez por todas, pelo profissionalismo. Porém, desentendimentos entre os clubes integrantes da Associação Metropolitana de Esportes Athléticos (Amea), a liga amadora, resultaram na criação de uma nova entidade: a Liga Carioca de Football (LCF), que adotava o profissionalismo.
As principais equipes cariocas ficaram divididas: de um lado, América, Bangu, fluminense e Vasco (LCF); de outro, Botafogo, Flamengo e São Cristóvão (Amea). Com isso, duas competições corriam ao mesmo tempo em 33,o que aconteceu até 36.
Pela Amea, pouco tempo depois de iniciada a competição, Flamengo e São Cristóvão deixaram o amadorismo de lado e debandaram para o profissionalismo, filiando-se à LCF Isso deixou o Botafogo como único grande clube na Amea, ao lado de Confiança, Engenho de Dentro, Mavílis, Cocotá, River e Brasil.
Na LCF estavam as principais forças do futebol carioca, mas o Bangu foi a estrela da competição. Com uma equipe fortíssima, comandado por Luís Vinhaes, campeão carioca de 26 com o não mais modesto São Cristóvão. Com baixos salários, mas excelentes jogadores, o Bangu perdeu apenas uma partida das dez que disputou e provou que nem sempre muito dinheiro garante o sucesso no futebol. Lição para nossos dirigentes.